sexta-feira, 25 de maio de 2018






EDITORIAL
           
.........Este livro é uma ferramenta eficaz, que os Pais Brasileiros possuem, para ensinar, aos filhos, valores fundamentais do caráter do Homem. Emocionante e alegre. Profundo e convincente. Apresenta histórias, provérbios, canções... A um tempo compreensivo e perdoador. A outro carinhoso para com quem fez por merecer... Feito com esmero para quem ama o BRASIL. Dá um passo decisivo para tornar tradicional o Teatro, durante a Semana do Soldado, em homenagem ao DUQUE DE CAXIAS. É um conjunto de belas peças teatrais.                              
.........Oportuniza aos empresários orientar e motivar seus colaboradores. Não mostra todos os caminhos e descaminhos da alma. Esta é complexa demais. Porém, sem um dos atributos por ele incentivados, a pessoa poderá fracassar para sempre, empreendendo uma viagem sem retorno. Permite, ainda, aos professores, educar alunos de todas as idades, dentro e fora das escolas. E, aos jovens, proporciona momentos de lazer inesquecíveis. Inova ao mostrar o Brasil do interior. Faz uma revolução silente, levantando a bandeira da Honestidade. Pulsa pelo Brasil.
.........Inspirada em fatos reais, a obra é uma comédia dramática. Para os militares da Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícias Militares e Bombeiros é uma fonte de consulta, rica em ensinamentos. Poderá complementar dezenas de cursos de formação de recursos humanos. Uma agradável lembrança a ser guardada e colecionada. A primeira edição, distribuída em BRASÍLIA, em caráter experimental, impactou os militares, principalmente os Soldados. Emocionados, viram, com clareza, um caminho novo... o caminho da vitória honesta. É uma viagem de inteligência emocional. Os militares da Reserva também serão beneficiados. Poderão matar a saudade de um Exército... que nunca deixaram de amar!                                
.........A quarta edição, que está nas mãos do senhor, foi aperfeiçoada por vários amigos e colaboradores. Ela está mais madura. Repleta de valores fundamentais. Está coerente com alguns pilares do Povo. Este gosta da paz, da religião, da honestidade... Mas não gosta da hipocrisia! Cidadãos que caminham por aí e personagens da literatura sabem que é impossível construir uma Pátria sobre os alicerces do materialismo. Uma Pátria sem DEUS não prospera! Cada vez mais, os Brasileiros, principalmente as crianças e os jovens, amam a natureza. O amor aos animais e às árvores veio para ficar! O Povo almeja salvar as florestas e o Cerrado, assim como os Alemães salvaram a Floresta Negra.
.........Para construir a Nação do Futuro, é preciso, antes, construir o Homem. Um homem incorruptível. Que planta árvores. Que carrega no colo o cão perdido. Que arrisca a vida, de peito aberto, para silenciar a motosserra. Um tipo de Heroi que não fica de braços cruzados... enquanto a árvore tomba sem vida! Um novo homem que não quer a vitória a qualquer preço... Já está sendo gerado, no Planalto Central, o BRASIL dos nossos sonhos. Nasce, quase que por um capricho do destino, no peito de um Soldado, em cujas veias corre o sangue de um DUQUE, “onde a falsidade não vigora”. Desejo leitura agradável e emocionante!
Coração de Soldadopulsando pelo Brasil... 


  
DEDICATÓRIA

.........Dedico esta obra ao meu Pai, FRIDOLINO FREDERICO VOGT. Nascido em 25 de fevereiro de 1910, na Linha SÃO BENEDICTO, Districto de HARMONIA, MONTENEGRO, “Colônia Velha”, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Daquela singela casa de madeira amarela, onde o seu quarto era o menor, por ser o caçula da família, trouxe do berço a ausência da mão direita. Descendente de imigrantes alemães católicos, oriundos da estratégica Cidade de KOBLENZ, debruçada na foz do Rio Mosel, ALEMANHA.
.........Educado por líderes e Irmãos Maristas, era o primeiro na Escola (Colégio Sagrado Coração de Jesus - BOM PRINCÍPIO).  Estudante dedicado, de boa memória, tornou-se poliglota. Nunca virava uma página do livro, sem que antes soubesse o significado de todas as palavras. Escutava com interesse a Mãe, HELENA ADAMS, que lhe transmitia conhecimentos auferidos de Revistas Cristãs... no idioma alemão. Autodidata, dono de mente brilhante, foi o “primeiro na vida”... 
.........Guardalivro (atual Contador), comerciante, vereador, Presidente do Ipiranga de SARANDI. Humilde, honesto, gentil, católico, devoto de SANTO ANTÔNIO, íntegro, trabalhador incansável, um Cidadão Sarandiense, cultuador da simplicidade...        
.........Ficava triste, quando zombavam da mão... que a natureza não lhe deu. Pagou, por toda a vida, um preço alto... sem ter culpa de nada. Pessoas destituídas de sensibilidade não conseguiam valorizar a sua dedicação extrema, sua bondade, suas vitórias... Sonhava ser Padre. Não foi possível. Não possuia as duas mãos. Rezava, em seu quarto, de portas fechadas. Como ensinou JESUS, o “Príncipe da Paz”...  Parecia viver a um passo do Paraíso. Sua redação era fluente. A letra, altiva. Cabeça de santo. Coração de guri... tão perto de DEUS...
.........Incorruptível, saúde de ferro, vontade inabalável, era, enfim, um profissional exemplar. De coração nobre, bondoso... Responsável, dedicava, também aos Pais, amor admirável... Como sintetizar? As palavras brigam entre si... Ele foi o meu amigo mais leal.
.........Eu ficaria feliz se pudesse entregar este trabalho modesto... nas mãos dele. Tenho certeza de que sentiria muito orgulho... do caçula. Algumas pessoas talvez não compreendam esta homenagem. Certamente é porque não sabem quantas vezes meus olhos melancólicos procuraram meu Pai na Missa das nove... nem quantas vezes chorei de saudade, ao lado das coisas que ele deixou ...

















1. A VERDADE

.........Em BRASÍLIA, num Quartel do Exército, dois Soldados faltaram ao expediente. O Capitão ordenou que ambos fossem chamados. Queria conversar com eles. Olhar nos olhos daqueles jovens. O primeiro que compareceu foi um Soldado oriundo de MINAS GERAIS, o JUMÊNCIO, de POÇOS DE CALDAS. Informou ao Comandante que, no dia anterior, estava doente. Com febre, acamado. E que iria ao médico...
.........Percebendo que o subordinado, por intermédio de um linguajar direto e sem rodeios, falou a verdade, o Capitão disse: “Meus cumprimentos, JUMÊNCIO, por ter dito a verdade. Você quase nunca falta. Vou lhe perdoar. Priorize a sua saúde. Vá, logo, apresentar-se à Dra ASPIRINE, na Enfermaria do Batalhão. Faça uma avaliação completa. Continue assim. Você está indo bem. E volte, o quanto antes, para a Instrução Militar... Lembre-se: a educação de uma pessoa é fundamental!”
.........A seguir, o outro Soldado que faltou, o ENRONALDO, apresentou a sua versão ao fato de não ter vindo cumprir o dever... ”Meu material já estava pronto. Mas, bateram na minha porta: TOC! TOC! O Sr não imagina quem era! Um grande artista: o RONALD GOLIAS! O amigo do "CASALBERTO"! O helicóptero dele caiu em ÁGUAS LINDAS. Precisava de dinheiro. O SÍLVIO SANTOS não tinha. Estava no SERASA. Fiquei sensibilizado. Fui com ele  até o  Prefeito de CEILÂNDIA,  um tal  de ODORICO PARAGUASSU...”  Intrigado, o Capitão BONDOSO quis saber:  “Mas ele já não foi transferido?”
.........O ENRONALDO tratou, logo, de arrumar uma explicação: “Sim, foi, para a aposentadoria. Agora, ele é meu vizinho. Tem um Karman Guia vermelho!” E apresentou mais argumentos: “Eu não acreditava. É ele mesmo. Comprou o bar do MANOEL. Agora, ele é bodegueiro!” O Comandante, já perdendo a paciência, exclamou: “Tudo é possível, depois que o GRÊMIO ficou campeão do mundo!” O Soldado continuou: “Ele é um homem bom. Deu-me carona até a Ponte JK, no Lago PARANOÁ!”
.........O Capitão quis saber: “Por que o ODORICO não lhe trouxe até o Quartel?“ O ENRONALDO respondeu: “A Polícia estava na ponte. Ele estava com a carteira vencida. Tentamos atravessar a nado. Fui atacado por um jacaré. O ODORICO, por uma dinossaura!” O BONDOSO ordenou ao Oficial de Inteligência do Batalhão: “Tenente JUMENTINO, leve o Soldado ENRONALDO. Apure tudo, com presteza. O tempo que passa é a verdade que foge!”


ANÁLISE DOS FATOS

.........O Soldado JUMÊNCIO falou a verdade. Foi perdoado e ajudado. O ENRONALDO teve que mentir várias vezes para tentar justificar a sua falta ao Quartel. Fez papel de ridículo. Envolveu pessoas inocentes. Não percebeu que seus superiores sabiam que ele mentia. Poderá ser punido e perder a vaga no Curso de Formação de Cabo. Faltar com a verdade é grave. Omitir informações que possam conduzir à apuração de um fato... é grave! Em nações desenvolvidas, por exemplo, o Presidente que mentir para o Povo corre o risco de perder o mandato...

ENSINAMENTOS

.........A mentira dificulta a solução do problema.
.........O bom cidadão “joga limpo” com as pessoas.
.........O militar disciplinado cultua a verdade.
.........Quem mente perde a confiança, a credibilidade e a liderança.
.........A literatura e a vida estão entrelaçadas. Cidadãos do mundo real entram nas páginas dos livros. E personagens da literatura têm sido vistos... circulando por aí...
.........No lago da vida, as pedras afundam. A verdade emerge.

.........Enganam-se aqueles que pensam que a Verdade é moeda sem valor. Ela é o alicerce da autoridade e a mãe da Felicidade.


quinta-feira, 10 de maio de 2018


O Mundo de Minha Mãe


.........Ao aproximar-se mais um Dia das Mães, o meu pensamento foge. Como um cavalo tordilho xucro, dispara pelos potreiros do passado. É inútil ordenar as lembranças. Elas têm os próprios caminhos. Voltam quando querem.


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........No inverno de 1958, quando a Seleção Canarinho chegou, desacreditada, na Suécia, eu desci a escada grande da casa nova, com as minhas pernas pequenas. Encontrei a Mãe, com as mãos frias, trabalhando no jardim. “Está zero grau negativo! Tu estás com pouca roupa!”
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.........Com 3 anos, na casa velha, eu havia fugido de casa, para ver as andorinhas pousadas no fio da luz. Com 4 anos, na casa nova, pensava saber o que estava acontecendo. Estive presente num dos dias mais tristes que a Cidade viveu. Havia mais de 10 pessoas em volta do Rádio do Vizinho. No primeiro jogo da Copa, o Brasil não conseguiu fazer nenhum gol na Tchecoeslováquia: 0 a 0! Que sofrimento! O Garrincha não parava de pé! Descobri que a minha Terra era verde e amarela!

.........Por aqueles dias, fiz, sem licitação, uma cerca de ripas, para que as cobras não viessem pelo chão. Não deu certo: elas caiam da bergamoteira! Salve-se quem puder! Os gaudérios não salvavam nem a cuia de erva mansa!



.........A Mãe era um diamante bruto! Estudou, apenas, um ano e meio na colônia. Quando errava a Taboada, tinha que se ajoelhar sobre grãos de milho. Algumas letras que ensinava eram diferentes das que a Professora ensinava.



.........De coração italiano, ficava mais de uma hora ajoelhada aos pés da Capelinha de Nossa Senhora. Era prática, de veloz raciocínio. Sabia fazer de tudo um pouco. As comidas eram saborosas. Trabalhava de manhã, de tarde e de noite! Mesmo com dor nas pernas, dava leite ao cão e aos gatos, quando eu "me esquecia de me lembrar".
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.........Quando os ladrões vieram roubar nossos móveis, empurrou-os porta afora! Quando pediram resgate, respondeu: “Vocês estão com o diabinho! Têm que rezar! É difícil sequestrar o Quico!”
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.........De todos os moradores do meu pequeno Sarandi, eu era quem mais ficava perto da Mãe. Às vezes, atrapalhava, mas ela nunca deixou de me dedicar o mais profundo amor! Suas frases curtas me educaram para toda a vida. “Olha o que que tu fez!” Nos anos 50, o chinelo cantava mais do que o galo! “Não estrafuca o bolo!” Não adiantava ir ao Procon reclamar. Na Cidade, havia apenas um Brigadiano!
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.........A Plantadora de flores e árvores me ensinou, aos poucos, os nomes dos personagens da vida. Fiquei mais de um ano chamando o amarelo de cor de ovo! Na primavera, descobri que nem todas as flores eram margaridas. Descobri, também, que as meninas que passavam na Avenida não eram iguais.
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.............A árvore preferida era o jasmim, que não foi plantado pela Mãe. Dava flores brancas e perfumadas, no centro do pátio, que era uma pedreira. Com as árvores e flores, vieram os pássaros, as borboletas, as abelhas... A Jovilde guardava um segredo: qual era a fonte de tanta alegria de viver? A lealdade ao meu Pai trouxe os fregueses da Loja. O Fridolino teve formação germânica, esculpida pelos Irmãos Maristas.


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.........O mundo girava em torno de mim! Lá vai o Rei do Pátio: levando no pescoço uma funda, com a calça brim coringa suja no joelho e na bunda... “Onde tu botou o martelo?” Sempre no meio dos pés, pisoteando por tudo, roubando a enxada, de olho na "marmelada de pera", comendo o merengue antes da hora, saboreando bolacha maisena com chocolate... fui começando a entender a alma humana. Descobri que 90% eram pecadores! Sabe como? Os guris contavam as penitências das confissões: 80 Pai Nosso, 60 Ave Maria! 70 Santo Anjo! Eu me perdia na conta. Tinha que começar tudo de novo!
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.........Os Padres, as Freiras e a minha Mãe falaram-me mais de “mil vezes” sobre o poderoso Anjo da Guarda... Quando eu precisava, Ele aparecia. A Mãe afixou, na parede da sala, um quadro colorido do Anjo da Guarda.



.........A vizinha do terreno de cima, a Dona Angelina, me adorava: “Olha o piccinin! Varde-lo!” Não tirava os olhos de mim. Ela já conhecia o Cliente! No dia em que caí do galinheiro, veio correndo me salvar. Escorreguei e fui parar numa cerca. Fiquei preso às ferragens da cerca de arame farpado... É uma emoção incrível! Dos ferimentos vertia sangue com açúcar. “O que um guri, que ainda não sabe a taboada, vai fazer em cima do galinheiro, num dia de chuva?” A Mãe minimizou a tragédia: “Os tombos pequenos previnem os grandes!” Foram muitos tombos: o Ítio caiu do trapézio. Não conseguia “suspirar”. A minha irmã caiu da escada externa e ficou inconsciente. A Mãe caiu da escada interna. Foi só um susto.
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.........A Cidade possuía quatro mil sobreviventes! Mas era Brasil, conforme os jogos da Seleção Canarinho confirmavam! Fui descobrindo que, além de ver, era preciso sentir... Eu e o Jânio Quadros já sabíamos que as forças ocultas também jogam!  É um erro dizer que o Anjo da Guarda não existe. É um instrumento de Deus, que não abandona o justo!
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......... A Mãe se preocupava comigo o tempo todo. Eu integrava uma categoria de RH importante: “burro com iniciativa!” Gostava de trabalhar sem supervisor. Então, decidi, por conta própria, derrubar a pedradas os ninhos dos marimbondos... Não deu certo! Os fregueses pararam de entrar na Loja. As abelhas chegaram à conclusão de que o culpado era o vizinho. Atacaram o Vitório Piccini. Ficou todo inchado. Fiquei com pena dele! Coitado! Veio, furioso, dialogar comigo. Perdi uma boa oportunidade de ir para o Céu. Aos poucos, foi amadurecendo a idéia de que Eu deveria ir para o Quartel.
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.........O vínculo entre a Mãe e eu era muito forte, fortíssimo! Estivemos juntos em momentos dramáticos e felizes. Hoje, senti vontade de olhar as imagens daqueles dias maravilhosos, que parecia não terem fim. Mostrar as fotos ao senhor, Amigo Leitor. Elas falam! As mais emocionantes estão  longe.

........Não compete aos números delinear os contornos de um coração de Mãe. A Jovilde, inculta e cansada, viajou 3.000 Km para ver o filho amado receber a “espada” de Caxias!



. .........No livro da Alice, chega um momento em que a escrivaninha do Escritor se transforma num urubu e começa voar. As lembranças valem ouro. Uma puxa a outra. E, quando elas se unem, a caneta começa fotografar:
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O cavalo branco do Nono Gava
A caminhoneta azul da Linha Perau
Casa pronta, carro novo
Filhos sadios, camisas listradas
Bola de couro debaixo do pé
Capelinha na sala
Crucifixo de madeira na porta
Deus dentro de casa
O espetáculo dos vagalumes na noite escura
Gatos lagarteando ao sol da manhã
Rita Pavone na Rádio Sarandi
Armindo Antônio Ranzolin na Farroupilha
Goleadas da Seleção
Os jundiás do Rio Bonito
"Passarinhada de peixe" na cozinha
Merengues grandes na bandeja
Os craques do Harmonia arrastando a multidão
O meu primeiro gol no Estádio Pedro Demarco
As noites de Circo com o Pai
Prestígio na Cidade e Região
A música do Joãosito incendiando corações
Balconistas apaixonadas
A Miss Sarandi abanando para a Juventude
Festa de Santo Antônio
O encantamento da Missa do Galo
Caminhões descarregando
Romaria de fregueses na Loja
O carinho das Professoras
A Missa das Nove com o Pai
Os presentes da Madrinha
Marcelino Pão e Vinho no Cinema
O primeiro livro como prêmio
A primeira poesia que escrevi
Margaridas balançando ao vento
O “cardume” de beija-flores parados no ar
Canções italianas na eletrola e no Cine Guarany
Vidas honestas no auge
As hortências azuis
As borboletas cor de ovo
Pinhão na chapa do fogão à lenha
O Repórter Esso ecoando pela cozinha
O tempo que não sabia parar
A infância passageira
A primeira Menina que gostou de mim
A saudade matadeira
As viagens à Capital do Norte.
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.........A mentalidade do Cidadão nem sempre perdoa o doente. Mas ninguém pede para adoecer. Quem conhece a doença hereditária? Num dia triste, em que a ambulância demorou muito para chegar, a Mãe foi levada ao Hospital de Passo Fundo. Enquanto aguardava na fila da UTI, os Anjos decidiram que a grande Jovilde deveria empreender a última viagem. Levaram, então, a alma do jardim, o pilar da Família, a amiga mais leal.
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.........Ao volver os olhos marejados para aqueles dias felizes, percebo que a Mãe, sem maldade no coração, me preparou para um mundo que nunca existiu. Para quem ficou, deixou uma grande lição: a Felicidade é possivel!
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.........Um ex-companheiro de Futebol do  Harmonia, querendo me consolar, exclamou: “Tua Mãe fez um jardim!” Eu respondi: “A Mãe fez um mundo... o meu mundo!”




“ N o   C é u ,   n o   C é u ,   c o m   m i n h a   M ã e ,   e s t a r e i . . . ”